Editorial
Alento
Apesar da indignação inicial de Pelotas ter perdido o prazo de inscrição do novo Minha Casa, Minha Vida, que deixou o Município de fora da primeira lista de propostas enviadas, a cidade foi contemplada com 250 unidades, que ficarão na região das Três Vendas. Rio Grande também conseguiu. No entanto, surpreende Canguçu e São Lourenço do Sul, as duas cidades mais adiantadas na questão documental, não terem aparecido na lista.
Apesar das negativas à época, houve clara incompetência na forma como Pelotas geriu a questão. O atraso não podia ser tolerado. Tanto que houve mudanças na pasta responsável, apesar de também haver negativas de que foi por isso. Agora, por sorte, famílias com até dois salários mínimos receberão, em algum momento, novas moradias. Espera-se que nas próximas etapas, se houverem, haja maior atenção nisso.
Programas habitacionais são uma das saídas para diversos problemas que as cidades enfrentam. Na página 2 de quinta-feira (23), o leitor viu a alegria de quem vai morar nas novas casas da Estrada do Engenho que, conforme o DP destacou na terça-feira, apesar de atrasadas, receberão os novos inquilinos ainda em dezembro. São pessoas que vivem em zona extremamente humilde e de risco mais extremo ainda.
O conforto de um ter um teto seu é daquelas coisas que mudam a vida de famílias, tanto no momento em que o programa é feito, quanto no futuro, por toda a estruturação social gerada por isso. Um dos gratos pontos do programa relançado pelo presidente Lula é que, das 187,5 mil novas moradias no País, uma parcela (três mil) será destinada a quem foi atingido por alguma emergência ou calamidade pública, ou por obras do governo federal, e perdeu seu único imóvel. É um alívio sem tamanho.
Agora, é hora de compreender também as escolhas que levaram Canguçu e São Lourenço do Sul não foram contempladas e quais razões outras cidades da região não terem se inscrito. Para Pelotas e Rio Grande, é atentar-se aos prazos e à justiça na hora da definição de quem irá ocupar essas moradias. E, também, marcar em cima o governo federal para que não haja atrasos no repasse de recursos. Afinal, como também diz a manchete de ontem do DP, a Zona Sul ainda está aguardando os valores que tem direito a receber após os desastres climáticos de setembro.
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